domingo, 29 de março de 2009

Pessoas k dava a vida pra ter conheçido....

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!


O melhor dos melhores de F.E.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Memórias de uma Gueixa + Documentário sobre o chá = Conto

Roubo do chá, roubo do coração



Graciosamente enchia as três chávenas de água. Em três dedos, com os restantes elegantemente dispostos, erguia o bule de aia, e criava uma dança hipnotizante entre a água e as chávenas de porcelana, cuidadosamente desenhadas à mão.

O negro escuro de seus olhos, reflectia no verde-claro a água, que se misturava agora com o pó de erva, e, juntos faziam o melhor chá que alguma vez provei.

As plantas chinesas tiveram sempre este aroma celestial, mal sabia eu que as mulheres que crescem na mesma terra que estas plantas tinham também uma beleza do outro mundo.

Ela graciosa como a água que fluía do bule, perguntei-lhe o nome.
-Chay Leng. – disse sem vacilar.
Falámos escassos minutos. Precisava saber mais que isso…
-Tenho que ir servir, saio às cinco.
-Posso esperar por ti?- perguntei eu, hesitando.
-Não deves…

Esperei até o sol se pôr, a noite fez-se e as ruas estavam iluminadas de coloridos balões de papel, pendurados às portas das lojas e cafés. Da porta saiu Chay, como o mais lindo dos balões, branca como a cal, de lábios vermelhos, carnudos como uma cereja no fim de Maio.
-Diz-me Chay, onde aprendeste a fazer chá, A SERVI-LO?
-O chá é a riqueza da minha família, a riqueza da china. Servi-lo é como um culto.

Os seus negros olhos, rasgados, luzidios, reflectiam agora as cores dos candeeiros da ponte. E foi no cimo da ponte, com as amendoeiras pintalgadas de rosa a abrigar-nos, que Chay me revelou a história do chá.

Os chineses sempre tiveram hábitos estranhos. Numa tarde, á cerca de 300 anos, um ancestral de Chay descansara debaixo de uma árvore, trazia consigo um bule de água que fervilhou com o sol. Enquanto dormia, as folhas da arvore mergulharam na água quente. Quando acordou com a sede, sentiu o melhor sabor.
-Desde então cultivou-se, colheu-se, amassou-se, secou-se, escolheu-se e vendeu-se daquelas folhas, folhas de chá - disse ela.
-Os teus pais ainda cultivam chá?
Cultivar chá na China é quase como uma regra de boas famílias, está na família há séculos e assim permanecerá por muitos maias. Fiquei fascinado
-Existem árvores previligiadas, centenárias.
-Que têm de especial?
-O chá,- continuou- foi-nos roubado, primeiro pelos portugueses que chegaram cá de barco, depois pelos indianos, os ingleses, os franceses…Era uma fonte de riqueza, fizeram-se fortunas, e até guerras o chá criou. Um dia apareceu por aqui um inglês, caçador de fortunas…

Não foi o inglês que tornou as arvores especiais. Esse inglês foi a casa da trisavó de Chay, e interessou-se por uma pedra que estava no seu quintal. Perguntou-lhe se a queria vender. A colheita de chá esse ano estava fraca, a avó de Chay ficou contente por poder ganhar dinheiro com uma pedra sem utilidade. Lavou-a bem e deitou a água usada, nas árvores de chá. Vendeu-a. Nunca mais a viu, tomara ela não a ter vendido.
-As árvores ficaram robustas, as folhas tornaram-se suculentas, e, ainda hoje dão o melhor chá de toda a região.

Chay ofereceu-me uma caixa de chá, vindo das árvores especiais, feito por uma rapariga especial.
Não tinha nada de especial para oferecer, nem nenhuma história fascinante. Mesmo por não ter é que não podia perder aquilo que de especial encontrei. Trocámos as nossas moradas, talvez ainda houvessem histórias por viver.

segunda-feira, 9 de março de 2009

E tu? O que punhas a verde?

Mandaram por mail e axei piada pk reparei k fix mt merda nos ultimos anos=S




Formaste-te na Faculdade

Fumaste cigarros

Ficaste inconsciente de bêbedo (desmaiei mas só bebi uma bebida só k n tinha comido...compreensivel!?)

Foste a todas as diversões de um parque

Coleccionaste algo mesmo idiota

Foste a um concerto de rock

Pescaste


Dançaste numa discoteca

Seguiste alguém no metro ou na rua porque o/a achaste interessante

Viste 4 filmes numa noite

Passaste 3 dias ou mais sem dormir

Mentiste a alguém

Acabaram um namoro contigo

Acabaste com alguem

Alguém te encornou

Cheiraste cocaína

Baldaste-te a uma aula

Fumaste ganza

Estiveste num acidente de carro

Estiveste num tornado

Usaste drogas pesadas

Viste alguém morrer


Estiveste num funeral

Ardeste um bocado de cabelo (arderam-me!)

Correste numa maratona

Voltaste de uma saída com um buraco de cigarro na roupa

Tiveste os pais divorciados


Conheçeste alguem nas férias que nunca esqueceste

Choraste até adormecer

Gastaste mais de 200€ num único dia ( pagamento de proprinas serve?)


Voaste num avião

Engataste alguém (sem kerer)

Foste engatado/a

Escreveste uma carta de dez páginas

Velejaste

Cortaste uma parte do corpo propositadamente

Tiveste um melhor amigo

Perdeste alguém que amavas

Roubaste algo de uma loja

Estiveste na prisão (de visita)

Foste suspenso

Foste culpado por algo que não fizeste

Roubaste livros de uma livraria

Foste a outro país

Abandonaste a escola


Estiveste num hospital psiquiátrico

Leste um livro do Harry Potter

Viste um filme do Harry Potter


Tiveste um diário online (blog?)

Disparaste uma arma (de paintball)

Jogaste num casino

Participaste numa peça de escola

Foste despedido

Nadaste com golfinhos

Beijaste alguém do sexo oposto

Beijaste alguém do mesmo sexo

Beijaste o(a) melhor amigo(a)

O(a) melhor amigo(a) beijou-te

Escreveste um poema


Votaste no BB/Operação triunfo/Ídolos

Telefonaste para o Toca a ganhar

Leste mais de vinte livros num ano


Amaste alguém que não podias ter

Ficaste confuso acerca da tua sexualidade

Usaste um livro de pintar depois dos 12 anos

Fizeste uma cirurgia

Levaste pontos


Fartaste-te de esperar pelo metro/autocarro e apanhaste um táxi

Tiveste algum problema com álcool ou drogas

Participaste numa luta


Sofreste qualquer forma de abuso

Pintaste o cabelo


Fizeste uma tatuagem

Fizeste um piercing

Tiraste nota 20


Estiveste entre os melhores alunos da escola

Foste mandado para um psicólogo

Foste algemado

Conheceste alguém com HIV ou SIDA

Tiraste fotos com uma webcam

Começaste/ias começando um incêndio

Deste uma festa quando os pais não estavam em casa

Foste apanhado na alínea anterior

Fizeste amigos na net e conheceste-os ao vivo

Namoraste alguém conhecido na net

Fizeste várias tags como esta só para passar o tempo

terça-feira, 3 de março de 2009

O esqueleto de vestes negras!!! Uuhh

Quando for deparada com uma pergunta do género: "mamã o que aconteceu ao avô?", vou responder:
-"Morreu filho foi para baixo da terra e agora os bichinhos vão comê-lo, depois os bichinhos são comidos por animais maiores, e assim sucessivamente. até que a mamã vai comprar a carne que vem desses bixos ao talho, frita para o jantar e tu comes...sabes o que acontece a seguir?",
-"Sim mamã, vou fazer cocó!",
-"Certo filhinho, então sê um menino educado e não te esqueças de dizer adeus ao avô antes de puxares o autoclismo!"

=/ É assim tão mau!?


Quando uma criança nasce, ensinam-na a viver, preparam-na para a vida, para crescer, casar, ter filhos, trabalho, obrigações. Chegam mesmo a ensinar-lhes a seguir uma religião e a acreditar...

Então e a morte?
A morte é a única verdade concreta, a única coisa, de que temos a certeza, e por a qual vamos passar.
Todos sabem que a morte é real e que um dia é a nossa vez. Mas ninguém quer acreditar nisso, agem como se a morte fosse tabu... vivemos a fugir deste assunto como se fosse uma infâmia.
Uma pessoa pode viver até aos 100 anos...ou até mais, mas por muito tempo que tenha de vida, ninguém está realmente mentalizado que a morte existe, nem suficientemente preparado para saber que vai morrer. Que tal começar de pequenino? Eu gostava de ter sido preparada para isto.

É assim tão mau dizer a verdade? Ou é melhor aprender da pior maneira? Se todos soubessem e estivem mentalizados da morte não havia tanta choradeira nos funerais (peço desculpa). As pessoas devem ser valorizadas enquanto estão vivas, não é a chorar sobre o seu caixão que redimimos os anos de indiferença perante os seus feitos.

A morte não é o papão debaixo da cama...NÃO É UM ESQUELETO VESTIDO DE PRETO COM UMA FOIÇE...que atitude imatura.