sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quando tens aquilo que queres, ainda queres aquilo que tens?



Onde foi agora toda a tua vontade de fazer alguém feliz, de amar, de ser amado?

Quantos anos esperaste por amor verdadeiro?

Quantas noites adormeceste sonhando alto com aquele amor que teimava em aparecer e te torturava com falsos sinais?

Quantas e quantas pessoas conheceste que nem te fizeram diferença…ou que não te correspondiam?

Quantas vezes desesperançaste e pensaste que não o ias encontrar nunca?

Quantas vezes te contentaste com outros sentimentos só para disfarçar o enorme buraco que tinhas no peito?

Quantas vezes achaste que tinhas muito para dar e ninguém o merecia receber?

Quanto tempo me amaste em segredo, sem sequer me conhecer?

Quantas vezes te sentiste perdido, sem rumo e desejaste um mimo, um abraço apertado um olhar que te dissesse o quanto te amo?

E agora que tens….o que esperas?

Agora que o tens porque o perdes aos poucos todos os dias?

Porque o deterioras com orgulhos, teimosia, mau feitio, falta de paciência, e desejos vãos?

Porque o menosprezas?

Porque o tens como garantido?

Não percebes que ele se vai com o vento?

E vai com mais facilidade do que veio, como um vendaval veloz e bravio, que devasta a tua vida, deixando apenas uma brisa suave, que te recorda de tudo o que tiveste um dia.

E tudo o que ficam são recordações, daquilo que já foi real, e volta a ser um sonho, intocável, inalcançável, doentio.

domingo, 25 de julho de 2010

Sou feliz...ou pelo menos pareço.

Apaguei alguns posts porque me fartei de os ler.

Cada vez que aqui venho leio-me e releio. Como se nunca me tivesse lido, como se não me conhecesse e a cada frase me descubro, me acho diferente, me apaixono, me surpreendo, me acho eu.

E levo algum tempo nisto, repenso assuntos arquivados na memoria.

Assusto-me com as reacções que me provocam algumas palavras que escrevi outrora, que já nem me parecem minhas… mas sim de alguém sofrido, alguém triste, alguém que não tem o pouco que merece.

E eu não sou esse alguém, sou bem mais alegre, mais decidida, mais feliz.

Ainda que grande parte dessa felicidade seja uma máscara para atravessar o carnaval da vida.